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Foto: https://www.facebook.com/jornalturmadabarra

 

OSMAR MONTE

 

 

Biografia publicada originalmente em 1977:

 

José OSMAR MONTE Rocha nasceu no dia 9 de janeiro de 1948, em Barra do Corda — Estado do Maranhão. Filho de Adonias Crus e Isaura Monte Rocha.

Viveu em sua terra natal até os 18 anos de idade; fez o Curso Primário no Grupo Escolar Frederico Figueira (parte) e Instituto Mar anata (parte). Aos 15 anos escreveu os pri­meiros versos: "Noite de Luar" e declamou no Ginásio de Bar­ra do Corda.

Fez o Curso Ginasial no Ginásio Diocesano Nossa Senho­ra de Fátima, de 1963 a 1966; em seguida transferiu-se para Brasília. Fez o Curso Técnico de Contabilidade no Colégio do Setor Leste — Brasília — DF., de 1967 a 1969. Atuálmente é estudante de Ciências Contábeis na Universidade do Distrito Federal — UDF.

Participou da Semana de Arte e Cultura realizada na Universidade do Distrito Federal — UDF — Brasília, de 5 a 8 de julho de 1974. Publicou "Contínuo Sofrimento". Partici­pou de vários Seminários: IV, V, VI e VII "Encontro Nacional do Sistema Financeiro do Ministério da Agricultura"; I En­contro Regional do Sistema Financeiro do Ministério da Agri­cultura, realizado em Recife-PE, em 1974; participante do VII Simpósio sobre Contabilidade e Auditoria, promovido pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília — CEUB e União Pio­neira Social — UPIS, realizado em Brasília — DF, de 28.6 a 2.7.76.

No momento é Contabilista no Ministério da Agricultura, desempenhando a função de Chefe da Seção de Contabilidade Analítica da Inspetoria Seccional de Finanças do MA/DF e Substituto do Inspetor Seccional de Finanças.

Osmar Monte tem dois livros de poesias: "O Verde de Brasília" e "Peripécias da Vida"; um rom.ance; "Amor Ado­lescente"; poesias dispersas e contos inéditos.

**

 

Aposentado.

 

***

 

 

Poema do absurdo

 


*Osmar Monte

O dia amanheceu em louca alvorada;
A lua vermelha brilhava mais do que o sol;
As estrelas em constelações pareciam revoada,
E o sol azul formava um lindo lençol.

Que dia estranho! Que cena abrasadora!

A natureza em chama arrebatadora
Chovia perfume de uma essência rara;
Os pássaros cantando em pirotecnia,
Entoavam um cântico de doce magia
E a cidade vazia parecia um saara.

Os animais vociferando em ritmo de histeria,
Protestavam ao ver as matas queimadas,
As águas escassas e todas congeladas
E a terra eufórica bradava de alegria.

O mundo parou! Tudo mudou!
Já não existem países, nem fronteiras;
Existe apenas uma grande nação.
A língua é uma só, não há barreiras.

A comunicação se faz pelo pensamento.
A política acabou. Não existe partido.
Não há fome, nem doença, nem pobreza;
O povo tem tudo, tem muito alimento,
Não há corrupção e nem ressentimento,
Há igualdade, só existe a classe da nobreza.

O mundo mudou! Tudo está mudado!
Acabaram as religiões; não há mais pecado.
O Islamismo, o Budismo, o Cristianismo
E o Judaísmo formam a mesma corrente de oração.
Todo sacerdote é um serviçal da população.
A terra voltou a ser um vasto paraíso!

 

O que aconteceu com o universo?

Não sei; ninguém sabe se é o reverso
Que a humanidade está vivendo agora.
Não sei se é o apocalipse antecipado
Ou a preparação para o dia do juízo.
Talvez tenha chegado a hora
De purificar todo espírito encarnado.

É um êxtase total! É sonho ou realidade?
Não entendi, não sei. Fiquei mudo e surdo;
Perdi o sentido e fui levado ao astral,
Voltei à consciência e quis dar publicidade
De tudo que vi (ou imaginei) sem igual;
Parei, pensei e escrevi este poema do absurdo.

 

 

Brasília, 30 de abril de 2020

*Osmar Monte, 72 anos, é membro da Academia Barra-cordense de Letras.
 

 

 

 

ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL.  2º. VOLUME.    Organização de Aparício Fernandes.  Capa  de Ney Damasceno.  Rio de Janeiro: Folha Carioca Editora Ltda., 1977.  496 p. 

Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

 

 

 

SAUDADE SERTANEJA

 

Surge o sol aureolado
sobre o lindo prado
da minha estimação;
o coqueiro se alteia
na límpida areia
do meu velho barracão.

 

A brisa é fresca, macia
como a harmonia
do canto da juriti.
As árvores balouçantes
dão sombras abundantes,
coisa melhor nunca vi.

 

Vou voltar para o roçado
onde fui acostumado
a montar em poldro bravo.
Aqui tudo é diferente,
até parece que a gente
vive mesmo como escravo.

 

 

 

 

JARDIM IMAGINÁRIO

 

A tua presença me conforta,

o teu sorriso me inspira,

senti há pouco a natureza quase morta;

quando bateste na porta,

percebi o aroma que me inebria,

ouvi o tom ressonante da minha lira,

num dedilhar suave, paradisíaco,

senti o vigor de um momento afrodisíaco;

restaurei-me novamente num gesto de alegria

Surge um hino de amor em Si-bemol,

fazendo-me rever o brilho do sol

e lembrar que ainda existe o clarão da lua.

Sinto na tua presença um refrigério

no meu viver impune sem mistério

tudo só porque estás perto de mim.

Já notei, não nego, que a estampa tua

me faz ver rosas multicores

num imaginário jardim.

 

 

 

BOM-DIA, MARIA !

 

Bom-dia, Maria! — diz da janela o sol,
cumprimentando com um doce olhar;
e tu ficas entre os lençóis a sonhar

 

as maravilhas efémeras da vida.
Bom-dia, Maria! Em canto o rouxinol
o faz suavemente quando o arrebol

 

rutilante vem surgindo com a aurora.
Por que, Maria, pareces combalida
e não respondes: Bom-dia? A vida

 

é bela para quem tem amores

e sabe querer aquilo que adora

num gesto lascivo que o tempo colora.

 

O dia é bom, lindo, maravilhoso,
cheio de risos e mil esplendores;
já não existe tédio e nem dores

 

é tudo agora uma eterna aventura,
levanta depressa vem dizer Bom-dia,
olha a Natureza repleta de ternura!

 

 

 

 

ESCRÚPULOS

 

Momentos de tristeza, de agonia,

são horas sem calma

e de pesadelos;

fogem-me da mente

estes cruéis anelos,

é murmúrio, é silêncio sem alegria.

Hesito um pouco...

Vem-me a impressão

de estar sonhando

e adormeço sorrindo como louco.

 

 

*

 

 

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Página ampliada em abril de 2021

 

 

 
 
 
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